Consciência Negra: Valorizar a Identidade
O que é o Dia da
Consciência Negra? Celebrado no dia 20 de Novembro, o Dia da Consciência Negra homenageia
e resgata as negras raízes do povo brasileiro. Escolhido por coincidir com o
dia da morte de Zumbi dos Palmares, ele é dedicado à reflexão sobre
presença do negro na sociedade brasileira. "O Dia da Consciência Negra
sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste
grupo", explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade
de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, na
região metropolitana da capital paulista.
O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir
a temática negra na
escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é
uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do
Brasil, visto que, os negros correspondem a 6,8% da população brasileira
segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo
da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas
já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia.
Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à
história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito
escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que
resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as
crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas",
explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre
Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode
ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. “Estratégias
simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para
reforçar a identificação cultural dos
alunos negros. Revelar a África pela própria visão africana também surte
efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva
eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior,
pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista
de São Paulo.
Não ao preconceito!
Não ao racismo!
Referência
Bibliográfica: NICOLIELO, Bruna; AZAREDO, Marina; RAIZI, Mayra. Consciência
negra: valorizar a identidade. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/consciencia-negra-511253.shtml>.Acesso
em 19-11-2016.